
Cientista afirma que a mente continua após a morte do cérebro
Um cientista britânico estudando pacientes que sofreram enfarte afirma que está encontrando evidência de que a consciência pode continuar após o cérebro ter parado de funcionar, e o paciente ter sido declarado clinicamente morto.
A pesquisa, apresentada a cientistas na última semana no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) faz ressurgir o debate sobre se há vida após a morte e se existe aquilo que chamamos de alma humana.
"Os estudos são muito importantes, pois temos um grupo de pessoas sem função cerebral... que tem processos de pensamento lúcidos e bem estruturados, com raciocínio e formação da memória mesmo quando se demonstrou que seu cérebro não funciona," declarou Sam Parnia, um dos dois médicos do Hospital Geral de Southampton, na Inglaterra, que têm estudado as assim chamadas experiências na proximidade da morte (NDE).
"Precisamos de estudos em maior escala, mas a possibilidade certamente está lá" para sugerir que a consciência, ou a alma, continua a pensar e raciocinar mesmo se o coração da pessoa parou, não está respirando e sua atividade cerebral é nula, disse Parnia.
Ele disse ter conduzido, juntamente com colegas seus, um estudo inicial com um ano de duração, cujos resultados apareceram na edição de fevereiro do jornal Resuscitation. O estudo foi tão promissor que os médicos formaram uma fundação para avançar mais a pesquisa e continuar a coleta de dados.
Durante o estudo inicial, disse Parnia, 63 pacientes enfartados foram considerados clinicamente mortos, mas posteriormente revividos, foram entrevistados dentro de uma semana após suas experiências.
Destes, 56 disseram não se recordar do tempo em que ficaram inconscientes, e sete relataram ter lembranças. Destes, quatro foram classificados NDE por terem reportado lembranças lúcidas de pensamento, raciocínio, movimentos e comunicação com outros após os médicos determinarem que seu cérebro não estava funcionando.
Sentimentos de paz
Entre outras coisas, os pacientes contaram lembrar-se de sentimentos de paz, alegria e harmonia. Para alguns, o tempo passou mais depressa, os sentidos se aguçaram e eles perderam consciência de seu corpo.
Os pacientes também relataram ter visto uma luz brilhante, entrarem em uma outra dimensão e comunicarem-se com parentes falecidos. Outro, que chamou-se de católico afastado, relatou um encontro próximo com um ser místico.
Experiências de quase morte têm sido relatadas por séculos, mas no estudo de Parnia, descobriu-se que nenhum dos pacientes recebeu baixo nível de oxigênio, o que alguns céticos acreditam que possa contribuir para o fenômeno.
Quando o cérebro é privado de oxigênio, as pessoas tornam-se totalmente confusas, agitadas, e geralmente não têm quaisquer lembranças, disse Parnia. "Aqui há uma séria lesão cerebral, mas perfeita memória."
Os céticos sugeriram também que as lembranças dos pacientes ocorreram nos momentos em que estavam perdendo a consciência, ou voltando a ela. Mas Parnia disse que quando um cérebro é traumatizado por um ataque ou acidente de carro, geralmente o paciente não se lembra dos momentos imediatamente antes ou depois de perder a consciência.
Ao contrário, geralmente há um lapso de horas ou dias. "Fale com eles, e lhe dirão mais ou menos isso: 'Só consigo me lembrar do carro e a próxima coisa que sabia foi que estava no hospital,'" disse ele.
Com um ataque cardíaco, o dano ao cérebro é tão sério que pára o cérebro por completo. Portanto, seria de se esperar uma profunda perda de memória antes e depois do incidente," acrescentou ele.
Desde a experiência inicial, Parnia e seus colegas encontraram mais de 3500 pessoas com memórias lúcidas que aparentemente ocorreram durante o tempo em que foram consideradas clinicamente mortas. Muitos desses pacientes, disse ele, estavam relutantes em compartilhar suas experiências, temendo ser chamados de loucos.
O caso da criança
Um paciente tinha 2 anos e meio quando sofreu um ataque e seu coração parou. Seus pais contataram Parnia depois que o menino "desenhou-se como estando fora do corpo, olhando para si mesmo. No desenho, havia como que um balão ligado a ele. Quando perguntaram o que era o balão, ele disse: 'Quando você morre, vê uma luz brilhante e está ligado a um cordão.' Ele ainda não contava três anos quando passou pela experiência," disse Parnia.
"Os pais perceberam que, após receber alta do hospital, seis meses depois do acidente, ele continuava desenhando a mesma cena."
Acredita-se que a função cerebral que estes pacientes têm quando inconscientes seja incapaz de manter processos de raciocínio lúcidos, ou permitir que se formem lembranças duradouras, disse Parnia - enfatizando o fato de que ninguém entende totalmente como o cérebro cria os pensamentos.
O próprio cérebro é constituído de células, como todos os outros órgãos do corpo, e não é realmente capaz de produzir o fenômeno subjetivo de pensamento que as pessoas têm, disse ele.
Ele especulou que a consciência humana possa trabalhar independentemente do cérebro, usando a matéria cinzenta como um mecanismo para manifestar os pensamentos, assim como o aparelho de TV transforma ondas no ar em quadros e sons.
"Quando o cérebro é lesionado ou perde algumas características da mente ou personalidade, isso não significa necessariamente que a mente está sendo produzida pelo cérebro. Tudo que demonstra é que o aparato está danificado," disse Parnia, acrescentando que pesquisas mais profundas poderiam revelar a existência da alma.
"Quando estas pessoas estão tendo experiências dizem que: 'Tive esta dor intensa em meu peito e de repente estava flutuando no canto de meu quarto, e estava tão feliz, tão confortável. Olhei para baixo e percebi que estava vendo meu corpo, e os médicos todos à minha volta, tentando salvar-me, e eu não queria voltar.'
"O principal é que eles estão descrevendo ver esta coisa no quarto, que é seu corpo. Ninguém jamais diz: 'Eu tive esta dor e em seguida minha alma me abandonou.'"
Um cientista britânico estudando pacientes que sofreram enfarte afirma que está encontrando evidência de que a consciência pode continuar após o cérebro ter parado de funcionar, e o paciente ter sido declarado clinicamente morto.
A pesquisa, apresentada a cientistas na última semana no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) faz ressurgir o debate sobre se há vida após a morte e se existe aquilo que chamamos de alma humana.
"Os estudos são muito importantes, pois temos um grupo de pessoas sem função cerebral... que tem processos de pensamento lúcidos e bem estruturados, com raciocínio e formação da memória mesmo quando se demonstrou que seu cérebro não funciona," declarou Sam Parnia, um dos dois médicos do Hospital Geral de Southampton, na Inglaterra, que têm estudado as assim chamadas experiências na proximidade da morte (NDE).
"Precisamos de estudos em maior escala, mas a possibilidade certamente está lá" para sugerir que a consciência, ou a alma, continua a pensar e raciocinar mesmo se o coração da pessoa parou, não está respirando e sua atividade cerebral é nula, disse Parnia.
Ele disse ter conduzido, juntamente com colegas seus, um estudo inicial com um ano de duração, cujos resultados apareceram na edição de fevereiro do jornal Resuscitation. O estudo foi tão promissor que os médicos formaram uma fundação para avançar mais a pesquisa e continuar a coleta de dados.
Durante o estudo inicial, disse Parnia, 63 pacientes enfartados foram considerados clinicamente mortos, mas posteriormente revividos, foram entrevistados dentro de uma semana após suas experiências.
Destes, 56 disseram não se recordar do tempo em que ficaram inconscientes, e sete relataram ter lembranças. Destes, quatro foram classificados NDE por terem reportado lembranças lúcidas de pensamento, raciocínio, movimentos e comunicação com outros após os médicos determinarem que seu cérebro não estava funcionando.
Sentimentos de paz
Entre outras coisas, os pacientes contaram lembrar-se de sentimentos de paz, alegria e harmonia. Para alguns, o tempo passou mais depressa, os sentidos se aguçaram e eles perderam consciência de seu corpo.
Os pacientes também relataram ter visto uma luz brilhante, entrarem em uma outra dimensão e comunicarem-se com parentes falecidos. Outro, que chamou-se de católico afastado, relatou um encontro próximo com um ser místico.
Experiências de quase morte têm sido relatadas por séculos, mas no estudo de Parnia, descobriu-se que nenhum dos pacientes recebeu baixo nível de oxigênio, o que alguns céticos acreditam que possa contribuir para o fenômeno.
Quando o cérebro é privado de oxigênio, as pessoas tornam-se totalmente confusas, agitadas, e geralmente não têm quaisquer lembranças, disse Parnia. "Aqui há uma séria lesão cerebral, mas perfeita memória."
Os céticos sugeriram também que as lembranças dos pacientes ocorreram nos momentos em que estavam perdendo a consciência, ou voltando a ela. Mas Parnia disse que quando um cérebro é traumatizado por um ataque ou acidente de carro, geralmente o paciente não se lembra dos momentos imediatamente antes ou depois de perder a consciência.
Ao contrário, geralmente há um lapso de horas ou dias. "Fale com eles, e lhe dirão mais ou menos isso: 'Só consigo me lembrar do carro e a próxima coisa que sabia foi que estava no hospital,'" disse ele.
Com um ataque cardíaco, o dano ao cérebro é tão sério que pára o cérebro por completo. Portanto, seria de se esperar uma profunda perda de memória antes e depois do incidente," acrescentou ele.
Desde a experiência inicial, Parnia e seus colegas encontraram mais de 3500 pessoas com memórias lúcidas que aparentemente ocorreram durante o tempo em que foram consideradas clinicamente mortas. Muitos desses pacientes, disse ele, estavam relutantes em compartilhar suas experiências, temendo ser chamados de loucos.
O caso da criança
Um paciente tinha 2 anos e meio quando sofreu um ataque e seu coração parou. Seus pais contataram Parnia depois que o menino "desenhou-se como estando fora do corpo, olhando para si mesmo. No desenho, havia como que um balão ligado a ele. Quando perguntaram o que era o balão, ele disse: 'Quando você morre, vê uma luz brilhante e está ligado a um cordão.' Ele ainda não contava três anos quando passou pela experiência," disse Parnia.
"Os pais perceberam que, após receber alta do hospital, seis meses depois do acidente, ele continuava desenhando a mesma cena."
Acredita-se que a função cerebral que estes pacientes têm quando inconscientes seja incapaz de manter processos de raciocínio lúcidos, ou permitir que se formem lembranças duradouras, disse Parnia - enfatizando o fato de que ninguém entende totalmente como o cérebro cria os pensamentos.
O próprio cérebro é constituído de células, como todos os outros órgãos do corpo, e não é realmente capaz de produzir o fenômeno subjetivo de pensamento que as pessoas têm, disse ele.
Ele especulou que a consciência humana possa trabalhar independentemente do cérebro, usando a matéria cinzenta como um mecanismo para manifestar os pensamentos, assim como o aparelho de TV transforma ondas no ar em quadros e sons.
"Quando o cérebro é lesionado ou perde algumas características da mente ou personalidade, isso não significa necessariamente que a mente está sendo produzida pelo cérebro. Tudo que demonstra é que o aparato está danificado," disse Parnia, acrescentando que pesquisas mais profundas poderiam revelar a existência da alma.
"Quando estas pessoas estão tendo experiências dizem que: 'Tive esta dor intensa em meu peito e de repente estava flutuando no canto de meu quarto, e estava tão feliz, tão confortável. Olhei para baixo e percebi que estava vendo meu corpo, e os médicos todos à minha volta, tentando salvar-me, e eu não queria voltar.'
"O principal é que eles estão descrevendo ver esta coisa no quarto, que é seu corpo. Ninguém jamais diz: 'Eu tive esta dor e em seguida minha alma me abandonou.'"
Nenhum comentário:
Postar um comentário